quarta-feira, 16 de março de 2016

Diário de Caratinga

A SAÚDE ESTÁ AGONIZANDO
Artigo publicado na edição de hoje (15/03) no Jornal Diário de Caratinga. (http://www.diariodecaratinga.com.br/?p=21070)

“Estamos perdendo a guerra contra o Aedes”, assim declarou recentemente o ministro da saúde Marcelo Castro em uma entrevista divulgada nacionalmente. No dia 29 de fevereiro o jornal O Estado de Minas estampou em sua capa a seguinte manchete: “Novas doenças, velhos desafios”. Na semana passada o Diário de Caratinga noticiou uma triste notícia “Caratinga tem primeira morte neste ano por suspeita de dengue hemorrágica”.
Estes são exemplos aleatórios entre milhares que todos os dias são notícias, que confirmam o caos pelo qual vem passando o setor da saúde em nosso país. Não sou especialista na área da saúde, mas como cidadão deixarei aqui minha reflexão sobre o que está acontecendo.
Penso que se fôssemos buscar o fio da meada com certeza começaríamos discutindo o papel da educação escolar. Educação falha gera um cidadão falho que constrói uma sociedade de mazelas. A dengue enquadra-se perfeitamente neste perfil. Haja vista que a maioria dos focos do mosquito encontra-se nas casas das pessoas. Nossa sub-educação gera um quadro de paralisia coletiva, não agimos, não acreditamos que também somos responsáveis pelo bem estar da própria comunidade em que vivemos. E quando não fazemos a nossa parte, por acreditar que não faz a diferença, estamos apenas sendo mais um colaborador do caos em que estamos inseridos. Se a nossa educação funcionasse nossa realidade seria outra.
Merece atenção também o papel das instituições que cuidam ou deveriam cuidar da saúde. Em muitos casos parece ser nítido que os interesses não estão alinhados. Ao ser vista simplesmente como uma fonte de recursos, ela aos poucos vai perdendo o seu sentido, a sua essência. Mais uma contribuição para a geração dos problemas enfrentados pela saúde.
Agora, um fator de suma importância é a gestão. Como em qualquer área ou lugar uma gestão eficaz colabora decisivamente para que os quadros sociais se tornem melhores ou piores. Só boa vontade não é o suficiente, é preciso gerir bem, ser um ótimo gestor, portanto, conhecedor do que está fazendo. Pois as medidas que devem ser tomadas precisam ser acompanhadas de uma visão ampla de todas as circunstâncias que envolvem o problema, no nosso caso específico, a saúde.
A nossa realidade reflete que estamos convivendo com uma má gestão. Pelo que parece não há um planejamento estratégico das ações. Espera-se o problema aparecer para combatê-lo. Mas como sou brasileiro, acredito que posso afirmar que, espera-se o problema aparecer, ficar crítico, para que as licitações, mesmo sendo na maioria dos casos armadas, sejam dispensadas. Deixando o caminho ainda mais escancarado para as falcatruas dos gestores maus intencionados, que infelizmente parece ser a grande maioria nos órgãos públicos e privados. Lembrando que não existe corrupto sem corruptor.
Vivemos em um país tropical, com insetos e doenças típicas destas condições geográficas. Sabemos que no período de altas temperaturas e chuvas a probabilidade da proliferação do mosquito Aedes é grande, e com ele as terríveis doenças. Portanto, de fato o que foi feito, pelos órgãos públicos responsáveis para tentar resolver o problema? Sei que falarão que foi feito muita coisa. Mas onde está o resultado? Tenho visto um caos, que ratifica ainda mais como é a nossa gestão, ou melhor, a má gestão.
Sempre acreditei que saúde é prevenção. Que devemos cuidar do espaço, do corpo, da mente preventivamente. A prevenção é mais barata, mais humana, mais saudável. Mas parece que a lógica está invertida. Nossos gestores querem combater a doença. Pois ela, a doença, sendo tratada como está alimenta, entre outras infinitas coisas, o sentimento mais deplorável do ser humano, que é ver o outro como um ninguém, mesmo vinda acompanhada de uma demagogia humanizadora. E é justamente isto que está parecendo ser. Quer comprovar este argumento, vá a qualquer hospital e pergunte às pessoas como elas se sentem.
Estamos perdendo a guerra contra o a Aedes, estamos perdendo a guerra contra os velhos problemas que insistem em permanecer nas mentes daqueles que usam a doença como uma forma de promoção dos seus próprios interesses, e o pior, com o consentimento da maioria da população. Mas nesta guerra o Aedes está vencendo a população e os maus gestores também. Portanto, salve-se quem puder!
Walber Gonçalves de Souza é professor.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Jornal Correio de Uberlândia


Defensores de uma sistema falido. 
Artigo publicado dia 14 de março no Jornal Correio de Uberlândia.
(http://www.correiodeuberlandia.com.br/colunas/pontodevista/defensores-de-um-sistema-falido/)

quinta-feira, 10 de março de 2016

Jornal Estado de Minas

O artigo "A mãe, a menina e o lixo" publicado no 
Jornal ESTADO DE MINAS 
na edição de hoje 10 de março, no caderno de Opinião.


Jornal Correio de Uberlândia

O artigo "A mãe, a menina e o lixo" foi publicado 
no dia 07 de março no Jornal CORREIO DE UBERLÂNDIA.


(http://www.correiodeuberlandia.com.br/colunas/pontodevista/mae-menina-e-o-lixo/)

Defesa de um sistema falido
Artigo publicado no Diário de Caratinga no dia 08 de março.

Para se formar uma nação é preciso um território delimitado, onde são conhecidas as suas fronteiras, um povo que pode ser identificado culturalmente e um governo organizado. Estes princípios básicos praticamente sustentam a formação de uma nação.
Sobre o território acredito que não há dúvidas a respeito das nossas fronteiras. São conhecidas, asseguradas e aceitas pelos órgãos nacionais e internacionais.
Em relação ao povo, sabemos que, historicamente, nunca foi visto como parte integrante do país, da nação. A não ser como mão de obra barata e durante muito tempo de forma oficial escrava. Assim, infelizmente a nossa cultura popular, do povão, que foi se desenvolvendo ao longo dos séculos acaba não contribuindo para o desenvolvimento da própria pessoa. Haja vista o que faz sucesso nas terras tupiniquins. Mas é claro, devemos sempre buscar as raízes de tudo isto, para podermos entender o processo e por consequência quem sabe procurar meios para reverter tal cenário. Lembrando que um bom início seria a oferta de condições reais e eficazes de uma educação verdadeiramente de qualidade.
Mas neste artigo vou reter-me à reflexão sobre a importância de um governo organizado. Que não é o nosso caso, pois pelo visto em nosso país demonstra estar falido, se é que um dia, nestes 516 anos, ele realmente desempenhou a sua função em prol da nação.
É estranho como as coisas acontecem por aqui. Uma eterna briga pelo poder, utilizando-se sempre da mesma bandeira, que teria o povo como o grande beneficiado. O resultado de fato nada acontece. O Brasil continua o mesmo, o país do futuro, perpetuando a esperança que agora vai, que daqui pra frente vai ser diferente. Mas de concreto nada!
Há anos ouço falar que estamos em crise, que as coisas não funcionam no Brasil, que aqui é assim mesmo, o bendito “sistema” não deixa as coisas fluírem, não adianta ninguém tentar mudar, pois não conseguirá fazer nada, e assim vai, desculpas e mais desculpas que mantêm as coisas sempre do mesmo jeito, na mesma ordem em que se encontram. E o pior, pensar assim está culturalmente impregnado na mente de cada um de nós, por mais que tentamos pensar diferente tem hora que nem a gente mesmo acredita que pode ser diferente.
Ensinaram-nos que deveríamos tomar partido, lotar as ruas com manifestos, defender a todo custo aqueles que nos governam ou que deveriam nos governar. Mas não nos ensinaram a pensar sobre eles. Ensinaram-nos que devemos seguir, acreditar, defender, brigar e pronto. Assim, qualquer coisa que falamos sempre será visto como um ataque ou defesa de alguém. Mas toda este lengalenga promovida pelos brasileiros, não muda em nada a forma secular de agir dos nossos governantes que estão sempre se revezando no poder. Por mais que se tenha o discurso barato dos nós contra eles, elites contra os pobres e assim vai.
O resultado deste ensinamento é que sempre estamos torcendo e/ou defendendo alguma sigla ou pessoa, independente da forma como que ela se manifesta ou se mostra. A polarização pela qual aprendemos acreditar e defender como certo na verdade está matando a nossa esperança.
Quando as nossas escolhas partem do fanatismo cego estamos apenas contribuindo para a manutenção cruel deste sistema falido no qual dia após dia estamos mergulhando. Sem querer estamos inconscientemente defendendo lacaios, transfigurados de homens públicos.
Veja como está o nosso país, um campo de guerra partidária, onde seus líderes através de falácias usam o povo como escudo. Mostram-se diferentes, mas de fato são iguais. Todos são recheados de escândalos, mentiras, artimanhas, falcatruas… cada um da sua forma contribuindo com a deformação do país.
E por que nossa dita justiça não se torna mais ágil? Por que as investigações esbarram na mediocridade dos interesses de quem pode e sabe mais? A morosidade da “justiça” demonstra mais uma vez a falência do nosso sistema governamental em todas as suas esferas e repartições.
Sem querer estamos nos acostumando a defender bandidos. Achando que um dos lados é melhor do que o outro. Parece que estamos cegos! No campo de batalha que é a própria luta pela sobrevivência o bom senso e a justiça a cada dia estão perdendo seu espaço para a burocracia e a ignorância. Assim gastamos nossas vidas defendendo quem nos tira a dignidade de viver.
Não queremos enxergar e acreditar que pode ter uma terceira, quarta, quinta… via que pelo menos tentará outras possibilidades de gestão da nossa nação. Enquanto isto, vamos continuar brigando, xingando uns aos outros e mantendo a ciranda podre do poder que tomou conta do gigante adormecido chamado Brasil.
Walber Gonçalves de Souza é professor.

Jornal Hoje em Dia

O artigo "A mãe, a menina e o lixo" foi publicado na edição do dia (07/03) 
no Jornal HOJE EM DIA de Belo Horizonte. 


(http://www.hojeemdia.com.br/m-blogs/opini%C3%A3o-1.268900/a-m%C3%A3e-a-menina-e-o-lixo-1.383935)

Convite lançamento de livro


terça-feira, 1 de março de 2016

Artigo no Diário de Caratinga

COPASA: EMPRESA TRAIDORA?
Artigo publicado hoje (01/03) no Jornal Diário de Caratinga.

Já faz uns bons anos que a relação da COPASA com os consumidores de Caratinga anda desgastada. Sempre há algum debate envolvendo as atividades da empresa. Visitando o site da COPASA pode-se perceber que ela não tem cumprido sequer com os seus próprios princípios empresariais, assim, pelo visto podemos afirmar que ela está traindo os seus consumidores. Esta afirmação pode ser confirmada pelas seguintes situações.
Ela nos trai quando não se vê como uma empresa pública, que deveria em primeiro lugar cuidar da sua missão que é “prover soluções em abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental”. Como toda empresa ela deve buscar o lucro, que permitirá o seu desenvolvimento. Mas o lucro deveria vir por consequência da sua missão cumprida. Lucrar sem cumprir com sua missão é uma grande traição, é fraude.
Ela nos trai quando permite que em nome dela empreiteiras furem praticamente todas as ruas da nossa cidade e depois façam um serviço de péssima qualidade ao tampar os mesmos buracos, deixando as ruas numa aparência horrível e de tráfego sofrível. Sei que o problema não é fazer os milhares de buracos, pois faz parte do trabalho, a questão é como são recuperados, se é que podemos dizer que são. Quanto dinheiro público é gasto realizando repetitivamente a mesma obra, pois o serviço prestado é sempre de péssima qualidade.
Ela nos trai quando cobra há anos uma taxa de esgoto, sem sequer oferecer o serviço. Anos e anos pagando por uma coisa que não existe. E quando a estação de esgoto começou a ser feita, vários foram os questionamentos que surgiram: se aquele realmente seria o melhor lugar? Por que houve alteração do lugar proposto a princípio? Foi para atender algum interesse particular? Dúvidas estas que caíram no esquecimento e não foram respondidas a contento.
Ela nos trai quando finge dizer que está canalizando todo o esgoto, mesmo sabendo que isto não é uma verdade. Caratinga ainda enfrenta graves problemas com saneamento básico. Sem mencionar que várias redes domésticas não foram de fato canalizadas aos adutores de esgoto.
Ela nos trai quando não permite que seus funcionários, pois com certeza muitos são competentes, ocupem os cargos estratégicos, cargos realmente de gestão da empresa, pois estes são ocupados por apadrinhados políticos que muitas vezes demonstram nem saber o que estão fazendo ali. Servindo apenas para manter o sistema politiqueiro em que as coisas públicas acabam ficando a serviço de alguns.
Ela nos trai quando não percebeu o crescimento da demanda da população e continuou sendo mantida somente pelo córrego do Laje. E o pior, quis colocar a culpa em São Pedro, “acusando-o de mandar” pouca chuva para a nossa região. Mas na verdade nunca fez nada de concreto para “preservação dos recursos hídricos”, incentivando a preservação e criação de matas ciliares e proteção de nascentes, um dos seus objetivos.
Ela nos trai quando não cumpre, além dos descritos anteriormente, os seus seguintes princípios, valores e crenças, destacadamente mencionados no site oficial da empresa: “diálogo permanente com o poder concedente; crescimento sustentável; responsabilidade socioambiental; foco na satisfação do cliente; qualidade dos serviços prestados”.
Pelo visto ela só não trai os interesses obscuros, politiqueiros e que foge de tudo aquilo que ela verdadeiramente deveria ser e servir.
Walber Gonçalves de Souza é professor.

Participação na Rádio Nova Geração FM


"O nosso programa ontem, 29/02/2016, contou com a presença do ilustre professor Walber Sousa, que fez comentários a respeito de temas polêmicos como política e economia, usando de seu conhecimento para analisar o momento do país e destacar a importância que mudanças tem para que possamos dar um passo a frente, tanto na política como na economia. 

Fique ligado na nossa programação sintonizando no seu rádio na 98.1FM ou através de nosso site, www.novageracaofm.com.br
Rádio Nova Geração, a diferença, é a música!"